quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Ventos de tempestade e psicodelía



O céu olha atentamente pra terra
E nela suspira seus ventos
Que investigam cada rua dessa cidade
E cada rua muitas são as casas
E uma dessas casas
Em uma dessas ruas
Dentro de algum beco
O céu volta suas estrelas como sentinelas
A procura do que existe, mas não se vê
A procura daquilo que não se pode ter
Procurando só por querer
Só para poder ver, e então saber
E ao percorrer a cidade
O vento esbarra em muitos reflexos
São vidros que protegem essas pequenas feras
Que cheias de amor para esconder
Torturam dia e noite a todos que ali ousam passar
Pois sabem que ali não se pode pisar
E estão ali incumbidas de aterrorizar
E cheias por se alimentarem de tal medo
Continuam a sorrir, e olhar pro mesmo olhar
Caçando a brisa da calmaria
Amedrontando os ventos de tempestade
Pois é assim mesmo que está a cidade
Em estado de devassidão
Sendo invadida por esses ventos
Que do céu vem só pra tirar a paz
De cada rua, de cada casa, de cada beco
Que era reinada pela ordem e sensatez
Essas que por aqui já não andam a tempos
Pois toda tranquilidade de acordar único
Se foi junto com harmonia de um quarto que era sereno
E hoje é habitado por esses ventos
E sabe o que pior? não se pode moldar o vento
São apenas vento... e dependendo da sua intenção

Pode trazer paz como pode jogar tudo pelos ares

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