sábado, 3 de novembro de 2012

Gotas de chuvas ou de lagrimas?



Uma chuva de tarde
Com as mais belas canções de tristeza 
Mas são apenas canções
Nada superior a beleza dessas gotas ao chão 
Parece ate a mais bela percussão 
Sentimentos a serem descidos a vala
Caindo pela calha e levando a ilusão
Tanto tempo, mais o tempo errado
Outra primavera quem sabe 
Por que agora é apenas inverno

Velho banco



Mais uma canção a ser cantada 
À capela, na praça escura 
De onde não se tem mais nada 
A não ser mais um banco sujo e abandonado
Onde ninguém mais sentou 
Desde que ali foram ditos
As mais belas e terríveis palavras 
Mais a lembrança eternizou-se ali
Para quem quer que seja
Quem passar por ali  
Vai olhar e lembrar
Que um dia já sentiu a brisa 
Que enfeita os mais belos sentimentos
E esperar o amanha é o que resta
Pois chegará um novo.

Existe outra rota?



Existe tempo pra tudo
Plantar e arrancar
E mesmo que não queira
Tudo chega sua hora
E vem fazendo acontecer
Arrancando tudo
Principalmente o que nasceu pra ser colhido
À foice carrascal
Eis que é tempo de pedir a conta
De levantar, pegar um ônibus
E voltar para a cama grande demais
De uma noite que nunca será esquecida
Onde a maior companhia foi o luar
E mais ninguém
E mais ninguém
Pra que insisti onde não mais poderá
Ser plantado nada além de lagrimas?
Onde cada segundo a mais
É uma ferida a mais
E nada mais
E ninguém mais