quarta-feira, 5 de abril de 2017

Vem


Sai de mim
Vai praí
E nunca mais se acha
Se perde

Sai daqui
Vai pra si
E nunca mais passa
Se fere

Sai de si
E vai, e vai, e vai
Por que a musica sempre acaba
E a gente nunca se acha
Só se esquece
Só enlouquece

Vai, vai e vai
Nem vem mais
Que nada mais nos para
E se a gente vim pra fora
A gente se acaba
A gente se abala

E no fim a gente só se afasta 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Canção Pra Ninguém

São dois anos em cada letra
Que correm bastante na estrada
Mas a passos de quem não anda
A passos de quem não liga

É tudo tão lento nas palavras
jogadas e deixadas ao relento
ou escondidas as traças na gaveta
Sempre no frio e nunca relida

É tudo tão sozinho em cada frase
Olhar pros lados e só ver o vento
Ninguém ta vendo, ninguém tá lendo
O frio já foi mas a chuva insiste em ficar

Em cada poema, uma fuga e um fim
No inicio, uma luta e uma duvida
Nas estrofes, a confusão e um pé atrás

No refrão, as consequências.

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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Azul

Entre os neons que te iluminavam os olhos
Rodava e revirava uma briga de belezas
Bem belezinha era a sutileza de cada segundo
A cada dia apenas alguns minutos
Não chega a uma hora em toda vida
Nuvens macias vem e são bem vindas
"E ai?" Alguns dias tão cheios de vindas e idas
Estou indo por que preciso
Crescer é sofrido pra quem é tão pequenino
Apenas uma criança que brinca sem se ligar
E na hora de acordar e se mandar pro seu rumo
Tudo parecia demorar demais
Mas eram apenas segundos
"E ai?" Contidos, fugidos e escondidos
Cada passo sem sentido para lugar nenhum
Apanas prolongando cada palavra
E o silencio que enfeitava era a melodia
"E ai?" Uma bomba pulsando e lançando para todo o cosmos
Uma tímida tempestade seguida de um ataque defensivo
De uma roda gigante que caia sobre nós
"E ai?"
Preciso voltar pra casa
Preciso voltar pros trilhos

terça-feira, 28 de junho de 2016

Sem Cordas


O violão ficou jogado pro lado
Cansado de ser tocado
Mãos desmerecidas o desafinaram
Tocaram batidas que o batiam
Além de entoar canções inexistentes 
Foi tocado, foi tocado, foi deixado
Pro canto de lado jogado pro alto
Em autorretrato foi retratado
Destratado pelo toque do finotrato
Que em alto e bom tom
Tomou seu braço cheio de embalo
Cambaleando e arrastando-se infantilmente
Assistiu o drama da dança
Que sem musica foi desmascarado 
Atormentado, desmotivado e mal avaliado
Ficou sem cordas, sem notas, sem volta
E de volta para lá agora
De onde nunca deveria ter vivido 
Tocado, deixado, cansado
Amedrontado não mais
Seguir para onde deve ficar

Um pedaço em cada lugar

Entre vários ventos fortes
E embaixo de um sol alegre
O mais vivo que já vi
Ou na estrada escura sob o luar
Só havia tatos de toques 
Barulhos de passos e folhas
E o medo da porta bater
Ou da porta abrir e seguir
Entre palavras que brincavam
Que se jogavam como rimas
Rios se iam como a noite
E se foi, foi indo, foi mais
Foi tanto que morreu no mar
Normal pra quem se foi
Mas mal pra quem só ria
Só restos a quem morria 
Lembranças a quem sorria
Lento se tornou o vento
Veio o vento, passou o vento
Só restou o os lugares
Por toda a cidade tem lugar
E em cada lugar tem um pedaço
Um sorriso que viveu 
Por toda cidade ficou 
É só andar pela cidade

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Correntes de amor


Eu acredito de verdade
Que o amor é maior que tudo
Eu acredito firmemente
Que nada desse mundo
É mais forte que o amor
Eu creio e espero
Não importa o quanto longe esteja
Eu sei que onde estiver
É ela quem vai te buscar
É ela quem vai cuidar
Pois não existe maior amor
Do que aquele que se doou
Livremente a essas cadeias de amor
E a esse amor, a esse colo
Sempre estará ligado
O cordão umbilical se rompe
Essas cadeias na tua alma não
Pode ir, ela também estará lá
E como a santa de lisieux diz
Que pra amar alguém
Deve-se rezar ao lembrar
Eu serei para ti
O que as carmelitas são para a igreja
E a mãe será pra ti
O que ela sempre foi
Serva do Amor
Por amor contigo sempre estará

quinta-feira, 31 de março de 2016

Pássaros vem e vão


Sem preparo ele foi
Sem saber voar ele foi
Se jogar ele foi
Um pássaro cego foi
Se lançando foi
Sentindo o frio do ar
Não era tempo
Ele foi e se foi
Ainda dava tempo
Ele não voltou
Voltava-lhe o tempo
Ele apenas pousou
Ele foi e se foi
Ele se foi por que foi
E pro passado foi
Ele foi e se foi
Ele passou
O ninho ficou
Por que sem pensar ele foi
Mas o ninho ficou
A canção ficou
O calor ficou
A lembrança ficou
Mas ele foi e se foi
Ele foi
Por que ele não é
Ele apenas foi

Apenas se foi