segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Montanha Russa


Estamos indo embora?
Pra onde?
Pra nossas casas?
Pois já não sei onde  onde é a minha
Mas ao meu esconderijo
essa palavra se encaixa
E a esse labirinto que não é meu
Mas que insisto em chamar de minha casa
Só por que na tempestade me foi um abrigo

Mas esta casa está uma bagunça
Do teto ao porão, da entrada aos fundos
É preciso ordem no recinto
Repressão de todos os sentidos
E mesmo que tudo isso fuja do assunto
E as janelas estejam arrombadas
Essa montanha russa já me fez delirar
fujir, aquietar e revidar, sorrir e chorar
Até mesmo daqui do alto querer me jogar

Essa rima já está pobre
E o meu pensar já não respira
Pois essa montanha russa me sufoca
Pois já atravessartes a cortina
E sendo bom ou não
Provou da minha confusão aconchegante

E no misto de querer ir e ficar
Os meus olhos gritam mais
E te procuram
Mas só encontram névoa e orvalho
E acredite, preciso do escuro
Pra poder me reter e então respirar
Esquecendo e fazendo esquecer
Fugir sem ter que correr
E morrer sem deixar de viver
E meu semblante aqui sempre estará
Mas indiferente a essa aventura
Que de um ângulo é uma montanha russa
E de outro um escorrega bunda

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