As arvores esperaram o vento passar
Mas suas folhas não foram sacudidas
Muito menos soltaram para voar
Presas pelo bem de apenas estarem ali
Escondidas, contidas pelo grande maior
Escondidas, encolhidas em lembranças infantis
Escondidas, embutidas em saudades e visões
Escondidas, escolhida a dedo pelo jardineiro
Correntes como o rio de março
Contemporâneas a risadas e brincadeiras
Corridas e quedas no bosque da adolescência
Apenas se sabe que o milagre aconteceu
Fez-se tão simples e explosivo
A ponto de modificar meio mundo, todo um rumo.
Derrubando muros, gerando surtos.
Mas no fim construindo um todo
E o desejo da natureza constante e mutável
É sempre manter vivo todo esse ciclo
Das folhas que mesmo que caiam
Sejam sobretudo adubos para o todo
E que o todo seja mesmo que às vezes tolo
Um grade florescer de novos sonhos
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