Alma confusa

Na falta da resposta só resta escrever

a necessidade de aliviar a mente é grande

fingir que é normal já não dá

confusão se faz

e tudo se torna visível no olhar

o equilíbrio que havia foi abalado

já era pouco, e com aquele ataque

arrebentou com todo o sossego

apertando mais ainda aquela faca em meu peito

me tirando os suspiros

e me destruindo a cada beijo

maltratando a alma

que se tornou fraca e sem saber o que fazer

apenas preocupada com a resposta

sem saber o que aconteceu

desnorteada e está aqui pedindo esmola

sem saber se viveu ou se morreu

sufocado ficou a mente pensando nesse incidente

não quero que a culpa do trem desgovernado venha me assombrar

nem que a raiva seja refletida em um falso sorriso

e muito menos que a sua vontade de repetir

seja escondida nas entrelinhas da sua confusão

de confuso já basta a minha mente

porem a duvida me consome

me é tirado um pedaço cada vez que lembro

e a lembrança do antigo se torna o presente

atraindo os olhares e tornando o silencio atraente

o que ficou, virá buscar

ai será a hora de saber

será que foi um erro, ter prosseguido

será que surgiu a magoa

ou simplesmente  um consenso das partes

e agora não sei se deveria tentar ir lá

ou tentar esperar ...

ou morrer